sábado, 9 de agosto de 2008

Noites


O Luar paira por cima da minha cabeça.
Mentalmente, apunha-lo cada pedaço de passado inutil e constrangedor. O sangue escorre. O rio de memórias estende-se.
Ando, caminhando pelo campo, acompanhada pelos animais nocturnos.
O rio é deixado para trás. Todas as más memórias foram mortas. O escuro abate-se sobre mim quando uma das muitas nuvens existentes no céu cobre a Lua.
A chuva que aí vem lava o sangue deixado no descampado, reflectindo a noite.
Enxarcada, continuo. Sigo o meu caminho para o destino desconhecido que se me depara. Não sei para onde vou. Nem de onde venho. Sei que vou. E que venho.

1 comentário:

Anónimo disse...

oh coitada. deverei dizer que é um momento mau? ou uma vontade incontrolável de escrever destas coisas? se for esse o caso, digo-te que me acontece o mesmo ^__^ mas nao costumo escreve-las, senao deixo-me contagiar pelo espírito mau. enfim.

escreves e desenhas tão bem *_______*

anuncios:

assinantes

Vida...
O que é a vida?
Coisa simples que nos faz ser?
Coisa embrenhada e escura que nos deixa morrer...

Emaranhado de ideias de gente,
do sol nascente ao poente,
no auge da felicidade ou sua carencia
interpretação da Mona Lisa,
viagem aos confins da antárctida...
O centro do mundo.
Raizes da terra.
(Chuva sem rumo ou destino
cavalo de circo empinado)
Sê e [não] deixa ser.