Cheira-me que isto hoje vai ser um post grande.
Actualmente leio um livro que se chama "Prazeres", por Eduardo Barroso, um médico cirurgião português que escreveu umas crónicas no DN em 1997. Esse livro deu-me a [brilhante (hehe)] ideia de escrever este post. Não só irei mencionar tamanhos prazeres que tenho, como de pequenos episódeos lembrados por um infimo promenor sem sentido. "A vida é feita de pequenos nadas"!
Prazeres
-->Um dos meus grandes prazeres é desenhar. Mais do que desenhar, desenhar sem esforço. E com gosto. Hoje vi o meu irmão, empenhadíssimo, a desenhar um rapaz a saltar para a água (modalidade olímpica que ambos desenhávamos na altura) e apercebi-me disso (não só nessa altura, claro!). Gosto mesmo muito de desenhar. Com o meu habitual lápis 6B (se não houver, as minhas preferencias vão para 4B, embora não tao escorregadio, mole e grosso como o outro, que faz um borrão especial! ^^), e com papel. Apenas com papel, um papel qualquer; desde às folhas de um bom e (também ele) grosso calhamaço próprio para desenho e às folhas de impressão a toalhas de mesa (de papel, claro) e guardanapos sotitários e limpos (mesmo que sejam aquelas fracos dos cafés, que também dão, tal como qualquer outro tipo de papel, seja de que grossura fôr). Como se pode notar, sou menos rigorosa em relacção ao suporte, apesar de preferir o primeiro.
-->Outra grande ragalia são os grandes banhos neste mar de Sagres. Quanto mais fria a água, melhor; se tiver ondas grandes e em grande quantidade, adoro! É o máximo ir a correr pela rebentação a dentro e dar um mergulho de cabeça numa onda que derrapa no mar. Sim! Porque se não se entrar de rompante não se entra mesmo, tal é o frio. Os mergulhos fundos nas ondas grandes ou, quando se esquece e não obtemos a profundidade pretendida, levamos com a espuma farfalhuda e fria que parece detregente na cara, entrando em tudo o que é buracos, desentupindo o nariz e esfriando as orelhas. Sair com os lábios roxos, cansada da força das ondas e gelada mas feliz faz parte do maravilhoso prazer que este mar proporciona. É por isso que na passagem do ano (dia 31 e dia 1) costumo fazer questão de tomar uma boa banhoca por estas bandas quando cá estamos!^^
-->Fotografia. Adoro tirar fotografias. Saber captar a luz, escolher bem o modelo e posicioná-lo, faz tudo parte do desafio que é fazer uma boa fotografia. Tenho realmente muita pena em não ser uma "perita", por assim dizer, mas tenho tempo. Outra coisa que me entristece é o meu pai não me deixar tocar na sua Pentax imaculada. Faz-me pena mas concordo. Tem grande estima por ela e não lhe quero, se querer, retirar esse tanto prazer que com ele partilho que é tirar uma boa fotografia, no local certo, com a luz certa, com o modelo ou cenário certo. E quando sai bem é uma alegria.
-->Como já mencionei, ando a ler "Prazeres". Para mim, é imprescindivel ir para qualquer lado sem estar acompanhada por um bom calhamaço. Faz-me bem, ler; como a toda a gente. Leio onde quer que seja; no carro (com os protestos dos meus avós quando se trata do seu carro), na praia, no sofá, onde quer que seja mesmo. Cultivo a minha imaginação.
-->Um enorme prazer actual e que a penas poderei voltar a sentir daqui a quatro anos é ver os Jogos Olímpicos. Diga quem quer que seja o que quer que seja; eu gosto. As cerimóneas (por mais gaffes e coisas do género que tenham) são bonitas (embora o chineses exagerem à brava) e o decorrer dos jogos também. É bom ver a entrega das medalhas, torcer por um determinado país e vê-lo subir ao pódio (ainda mais é o prazer quando vemos um alemão ou um americano perderem uma medalha e ficarem nos ultimos lugares, como também sabe bem quando não é a China a ficar com o ouro, pelo menos.), ver os recordes do mundo anteriores cairem e apreceber-mo-nos como realmente é incrivel certas modalidades, como a ginástica ou o triatlo. Bem. Com duas medalhas, uma de ouro e uma de prata, Portugal obteve os melhores resultados a nível de medalhas olímpicas de sempre. Isto é para provar como o nosso país é grande no literalmente e em sentido figurado! Mas o bom leitor português ultrapassa esse rancôr e ri-se (com prazer) da situação.
É obvio que há muito mais coisas que me dão prazer. Citei apenas algumas e as que me lembrei no momento.
LDa
LDa nº1 -->Lembrei-me à pouco tempo de um pequeno episódeo que se passou na Macedónia, em Ohid (aposto que não é assim que se escreve. Por favor Ana, corrige-me.). Eu pintava com muita tranquilidade a minha segunda águarela (naquele país, pois já tinha pintado antes, obviamente, como o material), uma vista do lago com as montanhas de fundo. Muito bonito (ou não). O meu trabalho correu o risco de ficar manchado de um gelado nojento e derretido de um miudo macedono. Eu cobri as minhas coisas e tentei afastar o miudo. Mas para quê? Se ele agora se divertia (com o gelado a pingar ameaçadoramente) a atirar pedras ao meu estaminé. A água ficou cheia delas, o trabalho um pouco sujo de terra. Enquanto isso a Ana gritava "Né!" lá do fundo. A [irresponsável] mãe que se tinha atirado ao lago (estava bastante calor, felizmente estáva à sombra --> a Ana apanou um "bronze de pedreiro" que lhe ficou a matar até ao dia em que viemos embora, quando a pele [finalmente] começou a sair.) o veio buscar. Suspirei finalmente de alívio e tratei de remediar a minha pintura que para além de estar uma grande bosta estava com terra. No fim ficou deveras engraçada e com um efeito giro! ^^ E pronto. O leitor que fáz parte do TG e que não integrou nesta mágnifica viagem, nomeadamente a Catarina, poderá ficar informado de mais um curioso e divertido episódeo ocorrido durante a nossa estadia no país de Toshé, o cantor carborizado!
LDa nº2 -->Não resisto em transmitir mais pequenas coisas ocorridas na Macedónia. Não histórias, mas itens que sem eles a viagem não teria o mesmo encanto. Um desses itens foi uma mesinha à sombra recheada de velhinhos que jogavam Póquer (Ana, confirma, por favor). Passávamos por lá para nos dirigirmos ao sempre diferente local de trabalho depois do almoço e lá estavam eles. Ana achou-lhes uma piada. Outra coisa (e desta vez achei eu hilariante) foi um hotel cujo nome, por motivos alheios à minha vontade, não me recordo de momento. Uma das coisas: proibido levar pistolas. O símbolo que não fazia grande sentido. Poderia ser permitido levar o cão mas, o revólver do bom cidadão macedono tinha de ficar lá fora. Outra das coisas foi a porta aberta com a contraditória mensagem "Please, keep the door closed". O bolo com as velas improvisadas é que me deu gozo de ver. Garfinhos de plástico com pontas de batatas fritas nas pontas. As melhores velas do mundo, as chamadas "mágicas", de fácil combustão e chama quase ilimitada. Apenas é preciso uma boa refeição desse hotel cujo nome, por motivos alheios à minha vontade, não me recordo de momento, para obter uma boa destas velas. Outras pequenas coisas fizeram-nos a viagem: as dormidas no autocarro; o acordar às 6 da manhã e o deitar às 3 am (a acabar trabalhos, a Ana sempre mais responsável do que eu, com a televisão ligada na VH1, alternando quando a música era má com um filme sádico e de violência gratuita. Quando choveu apanhámos o Date Movie!^^); a cidadezinha que era o máximo e onde íamos a qualquer lado a pé, a transportar os nosso materiais; o eterno menu carnívoro do qual eu apenas comia o acompanhamento; as minhas consequentes idas ao restaurante das pizzas e as minhas deliciosas pizzas de 1,5€ e coisas assim do género.
Bom, este é que foi um post carente de temas saudáveis, interessantes e educativos! Bem!, é a vida! Talvez o próximo tenha um pouco mais de cada um dos ítens! ^^
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Há 4 anos
2 comentários:
Está giríssimo! x3
mas por favor, por favor, corrige os erros. A sério. Vai ao corrector automático, mas por favor, faz isso.
Escreve-se Orhid (se não me engano). Uma cidade linda, com um dos lagos mais antigos do mundo e com um número infinito de igrejas, tantas que até há uma para cada domingo do ano. É claro que miúdos chatos como o Tékis (ou lá como se chamava), que não ouvem um 'né' à primeira, são sempre um contratempo.
Ai, Orhid... embora os velhotes a jogar uma partidinha de póquer, alternando de vez em quando com uma de dominó, sejam mais uma das razões que me faz sorrir quando penso em Bitola.
O Hotel fantástico onde o 'meu' bolo de anos foi servido com umas velinhas improvidas chama-se Epinal (e se aquele onde nós ficámos era de cinco estrelas, não sei quantas este terá). Serve sempre umas belas refeições, ao contrário do nosso restaurante privado (Embasador) que obrigou a pobre da Carlota a passar fome! E claro, com Il Divo como música ambiente (só para variar um bocadinho do Toshe).
Tudo isto numa terra onde o sol se levanta cedo demais; onde pontes que ameaçam cair nos levam até ao centro da cidade que acolhe a arte de braços abertos; e onde as pessoas, se bem que não percebam patavina do que dizemos, têm sempre um sorriso na cara...
Bitola... um dos maiores prazeres da vida!
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